A creatina tem a sua origem de uso datada de 1847, onde era usada no tratamento de diabéticos, mas com o tempo veio revelando-se não apenas uma solução eficaz para a regulação do índice glicêmico, mas também como um suplemento essencial para a manutenção e ganho de massa magra.

      Este artigo explora a jornada da creatina desde sua descoberta até os dias de hoje, destacando diversos benefícios e respaldados por um extenso corpo de estudos científicos e acompanhamento de diversos casos de evolução de performance corporal e esportiva.

1. A Descoberta e utilização inicial:

      Em meados do século XIX, a creatina foi identificada como uma substância benéfica para o tratamento de diabéticos devido à sua capacidade de controlar o índice glicêmico. Seu papel na regulação do açúcar no sangue trouxe à tona o potencial terapêutico dessa molécula.

      2. Evolução das pesquisas:

      Posteriormente, ao longo do tempo, pesquisadores direcionaram seus esforços para entender melhor os efeitos da creatina no organismo. A descoberta de seu papel crucial na produção de ATP (adenosina de trifosfato), uma fonte de energia fundamental para as células, abriu portas para uma compreensão mais profunda de suas propriedades.

      3.Creatina e massa magra:

      Mais estudos demonstraram consistentemente que a creatina não apenas regula o índice glicêmico, mas também possui um desempenho fundamental na manutenção e ganho de massa magra. Como um dos aminoácidos mais estudados cientificamente, a creatina é extensamente reconhecida por sua eficácia na otimização do desempenho físico.

      4.Efeitos no desempenho físico:

      A creatina demonstrou melhorar de maneira considerável o desempenho físico, aumentando a capacidade de trabalho em exercícios de alta intensidade, promovendo uma recuperação mais rápida entre as sessões de treino e um ganho de força incrivelmente mais potente.
   
       5.Expansão de benefícios:

      Para ademais de suas propriedades iniciais, a creatina tem sido objeto de estudos promissores no campo da neurociência, pelo fato de desempenhar uma ótima resposta na prevenção de condições neurodegenerativas, incluindo Alzheimer e Parkinson, devido às suas características antioxidantes e anti-inflamatórias que atuam na prevenção do estresse oxidativo, um fator associado ao desenvolvimento dessas doenças.

      É muito legal observar e acompanhar toda essa trajetória deste aminoácido tão benéfico, uma pena que ainda é acessível a uma pequena parcela da humanidade, e a falta de conhecimento faz com que, muitas vezes, caia em descrédito.

      Uma substância originada no tratamento para diabéticos, se tornou um suplemento multifuncional, onde, conforme as pesquisas e estudos vão avançando, a creatina continua a revelar seu vasto potencial para aprimorar diversos aspectos da saúde humana.

      Algumas fontes pesquisadas (muitas das informações reveladas neste artigo são de origem de muitos anos de leitura e trabalhos do dia a dia):

      – Rae C., Digney A. L., McEwan S. R., Bates T. C. (2003). Oral creatine monohydrate supplementation improves brain performance: a double–-–blind, placebo–controlled, cross–over trial. Psychopharmacology, 167(3), 324–327.

      – Santos R. V., Bassit R. A., Caperuto E. C., Costa Rosa L. F. (2004). The effect of creatine supplementation upon inflammatory and muscle soreness markers after a 30km race. Life Sciences, 75(16), 1917–1924.

      – Bender A., Samtleben W., Elstner M. (2008). Klinische Wirksamkeit von Kreatin bei neurodegenerativen Erkrankungen: Systematischer Review. Nervenarzt, 79(4), 456–465.

      – Wyss M., Schulze A. (2002). Health implications of creatine: can oral creatine supplementation protect against neurological and atherosclerotic disease? Neuroscience, 112(2), 243–260.